Tuesday, November 04, 2008

Tirando o sofá da sala

Eu sei que isso é o que se costuma chamar de "retirar o sofá da sala", o real problema reside é na falta de consciência política do eleitorado, mas não gosto do efeito que as tais de pesquisas de opinião provocam em eleições majoritárias. Acresce uma suspeita, uma desconfiança que paira sobre muitas dessas pesquisas. Como não suspeitar se em muitas vezes os resultados não confirmam as pesquisas?

Dizem que as pesquisas seguem padrões técnicos, se baseiam numa ciência, a estatística e, como tal são precisas, exatas. Não sei, eu as comparo com a previsão metereológica, que igualmente se baseia numa ciência, a metereologia e que quase sempre acerta, mas... e é essa conjunção adversativa que torna a confiabilidade dessas pesquisa objeto de suspeitas.

Ninguém duvida que grande parcela do eleitorado, normalmente os pertencentes ao grupo dos chamados indecisos, são em grande parte influenciados pelas pesquisas. O eleitor que "vota no candidato que vai vencer", o eleitor que não gosta de estar no grupo dos perdedores. E, nesses casos, uma pesquisa errada (seja com ou sem dolo) provoca um grande dano.

Tudo bem, eu sei que isso é só chorar sobre o leite derramado. O sofá vai continuar na sala...

Tuesday, May 06, 2008

A botija

Nossa terra é rica em contrastes. Por aqui a lógica não funciona com argumentos, como vou dizer, lógicos. Aqui todos são inocentes até prova em contrário e a polícia é corrupta até que idem. O acusado não aceita a acusação sob o argumento de que está acima de qualquer suspeita e acusa os acusadores sem ter que provar as alegações e os juízos que emite.

Quando alguém é pego "com a mão na botija", não fala sobre a botija, nem justifica o porquê da mão no objeto; mas questiona o porquê daquele alguém que o pegou estar ali na hora exata em que metia a mão no objeto. Pura perseguição!

Também serve como argumento - de estar com a mão enfiada na botija - o fato da categoria que representa ser ordeira (sic) (?!?!?!?!?!). Sabem de quem é a culpa? É da reacionária botija...

Saturday, February 02, 2008

Paradoxo

Nosso sistema de acesso ao ensino superior se baseia no mérito, uma seleção dos melhores é o que se busca obter com os exames vestibulares. O sistema é adotado diante de umaa realidade : há insuficiência de vagas no ensino superior, e nosso país é um dos que possuem o menor índice de matrículas nesse nível de ensino.

Parece ser um sistema justo, na insuficiência de vagas premia-se, concede-se o acesso aos melhores. Mas quem são esses melhores? Não por serem os melhores, valor intrínseco, ou os mais inteligentes, mas por serem os melhores preparados, os alunos oriundos dos melhores colégios são os mais aptos, e são os que logram exito nos exames vestibulares.

Como só cursam os melhores colégios os filhos dos ricos, da classe média alta, isso torna o critério de seleção dos melhores injusto. Facultar o ingresso dos filhos dos ricos nas universidades públicas, pagas com o dinheiro público, torna essa injustiça ainda maior. Não se trata de vedar o ingresso a determinadas classes, mas de cobrar contribuição de quem possui recursos para custear o ensino universitário. Com essa medida o governo poderia aumentar o número de vagas no ensino superior.