Wednesday, December 20, 2006

Contagem regressiva

Entramos na contagem regressiva para o término do ano. Isso para aqueles que acreditam na magia dos anos novos, essa renovação que criamos para se ter a ilusão de que recomeçamos uma nova história a cada período de 365 dias. Claro, esse período tem associado a si algo fisíco, esse movimento da terra de translação em relação ao sol, que cria as estações do ano, esses ciclos de vida da natureza.

Certamente cada um terá a sua história para contar em relação ao ano que agora termina; para muitos um ano de sucessos, quem sabe de muitas realizações, para outros um ano a ser esquecido. Não posso dizer que tenha muito a lamentar em relação ao ano que está passando, muitas vezes se deve agradecer pelo não acontecido, pelo evitado e não pelo realizado.

Sempre se deposita uma ponta de esperança no ano que vai começar, muito embora se saiba que os alicerces não são bons, continuamos muito mal na política, continuamos muito mal como povo. Eu sempre digo que se os nossos representantes políticos não são bons, eles tem duas características que nos comprometem: nao vieram de Marte, saíram do nosso meio; e foram escolhidos com o nosso voto. Em última instância somos os culpados.

Acreditando ou não em melhorias, cabe-me desejar a todos um Feliz Natal e um próspero 2007, que almejar que tudo melhore já é um começo de mudança.

Sunday, November 19, 2006

Saturday, September 16, 2006

Solução

O problema é que o poder e o dinheiro compram coisas. Não fosse assim e teríamos uma sociedade melhor. Vocês acreditam que se o "Noço Guia" tivesse que retirar ficha de atendimento no INSS ele continuaria dizendo que a nossa saúde é quase perfeita?

O poder compra coisas. Quando você tem poder passa a ser paparicado, tratado diferente do demais. O presidente recebe casa, comida, carros, empregados de graça, cartão de crédito pago com a burra da viúva e ainda salário. Para ele tudo é barato, bom, suficiente, e poderia ser diferente?

Esquece que existe um fosso entre ele e o povo; tudo é fácil para si e para os seus. Isso sem falar nos "presentinhos". Bastaria um lei que obrigasse a todos ter o mesmo atendimento, o mesmo tratamento e tudo melhoraria quase que instantaneamente no país!

Saturday, June 10, 2006

Que maravilha!

Embora a nossa crônica tenha dado uma de "que feio!", eu adorei o bate boca do torneiro mecânico presidente com o Ronaldo Fenômeno. Típica coisa para faturar politicamente em cima da seleção - troço chato isso! -, o torneiro mecânico quis dar uma de bacaninha e saiu chamuscado, saiu como bebum.

O próprio Ronaldo admitiu que "todos haviam sido admoestados para não fazerem perguntas", coisa bem democrática, para deixar o torneiro mecânico faturar os seu votos, bem feito! Saiu chamuscado! Tomara que todas as vezes que tente se aproveitar de algo aconteça isso. Já havia acontecido com o astronauta que se aposentou e deu uma banana para todos, agora com foi com Ronaldo fenômeno. Bem feito!

Thursday, May 18, 2006

Pra dizer que falei no pampa

Sendo um nativo aqui dos pagos, desses pampas gaudérios, escrevo pouco no linguajar gaudério dos tauras aqui do sul. É assim meu proceder, para não transparecer um orgulho demasiado, mas não vá pensar, que é um ser descuidado, ou que por isso, seja o estado mal amado. Não é não, meu irmão, este torrão iluminado, é por mim tão bem amado, como por qualquer outro filho desse chão.

Tuesday, May 02, 2006

Justiça

Nosso senso de justiça pode nos dizer que ela se faz no aqui e agora, pra já, no toma cá dá lá, com pagamento à vista e o seu troco no balcão, ou pode ser uma aposta na justiça a longo prazo, numa espécie de crediário, onde você vai acumulando créditos e débitos para depois acertas as contas no além. O grande problema desse segundo tipo de justiça é que ele requer fé, um acreditar num "depois" que ninguém sabe, ninguém viu.

Talvez, se todos tivessem a certeza da existência do segundo tipo, nem haveria a necessidade do primeiro. Quem iria deixar para acertar as contas depois, na eternidade? Essa incerteza da existência desse "depois" é que cria a necessidade dessa justiça - falha e lenta - aqui da terra. Pelo sim, pelo não, todos preferem buscar um acerto de contas no aqui e no agora.

Os adeptos da tese de que para tudo há uma defesa, argumentam que o próprio Cristo ensinou a máxima do perdão e da condescendência com a falha dos nossos irmãos: "Aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra", "Porque olhas o cisco no olho do teu irmão e não enxergas a trave no teu?"

Os que acham que o Estado tem o dever e a obrigação de administrar a justiça exigem a prestação jurisdicional por parte do estado, uma forma de fugir da lei de talião, do dente por dente e do olho por olho.

Saturday, April 22, 2006

Talentos

A valorização dos talentos segue a regra mais democrática: a regra imposta pelo mercado. Essa afirmação não encerra nenhum juízo de valor sobre os talentos, o fato de ser democrática não quer dizer que seja a mais correta, ou que seja a mais justa. Dizer-se que a "voz do povo é a voz de Deus" e está tudo terminado encerra um paradigma em si mesmo, não nos esqueçamos que foi esse mesmo povo que optou por Barrabás e mandou Cristo para a Cruz.

Nem sempre o bom gosto, o mais correto, o melhor é a escolha da maioria. Fosse assim teríamos que concluir, no caso brasileiro, de que Mozart é pior do que todas as duplas sertanejas exisentes no país. Sem meias palavras, a conclusão lógica é essa mesmo, assim há que se dar pouco crédito para essa lei que diz que as maiorias sempre estão corretas.

O que se tem dito, quando o âmbito é político, é que a democracia é o melhor entre os piores; ou partindo da constatação de que não há um regime de governo ideal, o menos pior é a democracia. Voltando aos nossos talentos, e a sua valorização, quem atribui milhões de dólares ao andar de uma modelo peituda, e magérrima com um caminhar desengonçado é o mercado da moda. Tem os seus motivos, dizem que elas vendem.

No outro lado da moeda, um pesquisador, um nerd de óculos qualquer, mesmo com QI acima de 150, não vale nem centenas de milhares de dólares, o que se dirá milhões. Ou então, pior comparando, vale infinitesimais partes do que vale um craque da bola, seja do futebol, do basquete ou do baseball.

Mas como eu disse, são males do mercado, e quem é o mercado senão nós mesmo? Nós valorizamos as coisas assim, fizemos as nossas opções, temos as nossas preferências e, segundo elas, beleza vale mais que inteligência.

Monday, April 03, 2006

Mudanças na política

Vieram na hora certa, foi uma espécie de demonstração de força que a oposição quiz dar - só não viu quem não quiz -, ao gargantão, coisa do tipo: vê se não te assanha muito, porque logo nós te cortamos as asas. O cara já estava cantando de galo, começava a colocar as unhas de fora, levou uma carraspana, perdeu um ministro na jogada e colocou as barbas brancas de molho - isso foi visível na semana que se seguiu pela baixada no tom do discurso.

Esse recado tem sido difícil de ser entendido pelo homem - uma espécie de mensagem a garcia: "te aquieta, você está sendo preservado em nome das instituições, mas temos munição mais do que suficiente para abatê-lo". Se não é isso então eu não entendo mais nada. O que tem se visto no cenário é isso, cada vez que o cara tenta dar uma de galo o golpe vem a jato. Leva uma carraspana, baixa o topete e, por algum tempo, fica na sua, quieto.

Eu só estou esperando pelo próximo movimento; mas para isso o galo tem que levantar a crista, coisa que até agora não aconteceu, por enquanto anda piando fino.

Wednesday, March 29, 2006

O que me faz menos...

Esse mundo é um balanço entre coisas que nos fazem menos e coisas que nos fazem mais humanos. Estava tentando medir, pesar na balança da memória como deve andar o saldo, o resultado dessa matemática da humanidade. Infelizmente, no meu conceito, o resultado não têm nos favorecido.

O quanto somos responsáveis por esse resultado? Talvez um pouco, talvez bem pouco, na medida em que somos meros assistentes - e talvez aí esteja a nossa maior culpa, a culpa da omissão, de não sermos ativistas, de não protestarmos o suficiente ante aqueles que decidem os destinos da humanidade.

Muito terrorismo, de direita, de centro, de esquerda, não importa de que facção venha, a verdade é que o terrorismo é uma praga que assola a humanidade, vitimiza o inocente, ceifa vidas, espalha o terror. Muita fome, em regimes capitalistas, em regimes socialistas, em regimes comunistas, na verdade o espectro da fome se vale do regime do egoísmo, um regime que está acima das formas de organização do estado.

O que esperar do futuro? O que esperar de nós? Não sei, o futuro é uma incógnita...

Thursday, March 23, 2006

De bom coração

Dizem que nós, os brasileiros, somos dotados de um bom coração. Não estou falando, é claro!, da qualidade do nosso músculo cardíaco, estou falando dessa nossa propalada bondade, desse coração mole, que nos faz um povo pouco propenso à violência - apesar de toda a violência que vê hoje em dia nas nossas cidades -, às lutas, às revoluções. Somos pacíficos, dóceis, um povo com o espírito de carneiros.

Não sou um estudioso da matéria, talvez estejam nas nossas raízes históricas, na formação étnica, na escravidão, nos séculos de colonialismo as raízes que forjaram esse nosso modo de ser. Traçando um paralelo com o meu estado, eu sou nativo do Rio Grande do Sul, somos levemente diferentes do resto do Brasil. Esse pouco de influência castelhana, da influência platina, nos tornou menos dóceis, talvez tenhamos o coração mais empedernido do que a média do brasileiro.

Nessa diferença pode estar a razão de tantas revoluções aqui nesses pampas, de tanto sangue derramado, de tantas inconformidades, ou desse sentimento de independência que nos traz problemas ocasionalmente.

Com todo esse bom coração que nos distingue, ainda assim, infelizmente, não dá para acreditar que o nosso querido presidente tenha sido um "ausente" de todo esse processo de corrupção que se desenrolou a sua volta, no seu governo. Acresce, ainda, mais um fator, mesmo que aceitemos essa improvável alegação da alienação de tudo, ele, como dirigente máximo da nação, não pode simplesmente dizer que "não sabia" e, pronto!, está tudo resolvido.

Desde pequeno aprendemos que o dirigente é o responsável pelos atos dos seus subordinados. E não estou falando de funcionários do quinto escalão, estou falando de ministros, estou falando de próceres do seu partido. Se não o fez por ação, o fez por omissão, mas é inegável que pecou sendo o maior responsável por isso.

Wednesday, March 01, 2006

Se acabando

Ela começou o processo no final do outro carnaval, quando todo mundo pensa que tudo estava acabado em cinzas. Tal qual um fênix mitológico ela renasceu, era preciso começar a pensar no próximo, só ganha quem chega antes, quem antecipa. "Essa coisa de vida comum é pros outros, não pra quem tem essa responsa", costumava responder quando perguntada porque tanto amor, tanto empenho com a sua escola. Interessante, para quem fazia tudo por amor à escola, ela não falava em amor, falava em responsabilidade, palavra de quem geralmente faz profissionalmente as coisas. Talvez houvesse uma explicação para isso, o seu amor era tanto, que ela preferia encarar como uma obrigação, uma responsabilidade.

Era a sua segunda profissão, a não remunerada, a primeira, a profissão remunerada, ajudava a manter os seus gastos pessoais e os gastos com esta não remunerada, que não gerava renda, é claro, e ainda gerava gastos. Trabalhava catando latas de alumínio em bares das redondezas, juntava, amassava, ensacava, e vendia para as empresas de reciclagem de alumínio. Não era uma grande renda, mas não precisava de muito, vivia com pouco, quase nada. Nem tudo o que ela consumia era comprado, nas suas andanças catando as latas ganhava algum alimento, precisava de muito pouco.

Terminava o seu "expediente", catando as latas com os seus fornecedores e ia para o seu barraco de peça só, largava o saco das latas num canto e rumava direto para o outro "batente" no barracão da sua escola do coração. Sem horário prá começar e, muito menos, pra largar o trabalho, era um faz tudo, bastava indicar o trabalho e pronto! Lá ia ela com total dedicação desempenhar a tarefa designada. E assim era durante todos os dias, durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano. Não, não é verdade! Não ocupava o ano todo, tirava férias desse seu segundo emprego na época do carnaval.

Nessa época você vai encontrá-la lá na arquibancada, ela usa as suas economias de um ano de trabalho para comprar os ingressos, sabe como é, não dá pra perder por nada desse mundo o espetáculo de ver a sua escola desfilando.

Friday, February 17, 2006

Velhas Pedras!

Eles chegaram, envelhecidos, velhas pedras, caras tão enrugadas que chegam a lembrar ameixas pretas. Em outras épocas seriam taxados de "velhinhos transviados"; para os que não são dessa época, é bom esclarecer que o termo "transviado" não vem de transexual, nem de viado, significa só alguém malandro. E, contudo, eles ainda tocam, ainda compõem, ainda conseguem rebolar, apesar de algum eventual reumatismo que possa começar a atacar as articulações.

Eu nunca fui um grande fã do conjunto, eles eram muito avançados na época para o meu gosto, eu fazia parte de uma outra turma que transgredia menos, a turma do Beatles, a turma que curtia um rock mais comportado, com menos foco nas drogas e mais nas baladas, na curtição, nas gurias, nas festas. Mas, como se diz, tem gosto pra tudo e, hoje, eles já não são tão avançados.

Algo é inegável, eles tem o dom da permanência, eles ficaram, sobreviveram como grupo, carregam nos rostos as marca com o preço das escolhas, mas continuam no cenário há mais de quarenta anos, uma eternidade para um grupo de rock.

Saturday, February 11, 2006

As críticas e as classes

Não levem a sério o que escrevo, pelo menos quando se trata de críticas às convenções sociais. Para que elas tivessem validade, eu teria que ter nascido no andar de cima; mas eu nasci no subsolo, sou um dos seres que habitam o porão. Aqueles que nascem no porão, tem por obrigação reclamar do pessoal do primeiro pavimento. Não é uma questão de convicção, é caso de classe, de posição social.

Quem viaja na classe econômica reclama do pessoal da executiva, o que dirá então da primeira classe. São como as antigas naus, as galés, onde o pessoal que viaja no tombadilho, tem vista para o mar, o ar condicionado é natural e, se enjoar, vai até a mureta e vomita; para quem está remando no porão a coisa é diferente. Já imaginaram como fica o porão quando alguém vomita? Ou faz alguma outra necessidade básica?

Quem garante que se eu estivesse na primeira eu continuaria reclamando? O mais provável é que reclamasse que o caviar ou o champagne não estavam suficiente gelados, que a poltrona não estava reclinando o suficiente, ou que a vista do pessoal vomitando na mureta da nau é uma visão barbárica. Ao porão com os vomitadores!

Sunday, February 05, 2006

As leis da evolução

Sei que dificilmente vamos chegar a um acordo nessa conversa. Ninguém vai querer tomar para si a culpa de todos esses séculos de desarranjo, desencontro, descaso, descasamento, despedida, desconsórcio, desconconjugo, etc., e todos os "des" que servem para separar o casal da espécie homídea - não vem, sei que começa com h, mas termina com "a", tá bom!

O homem - no caso o macho da espécie, e não a espécie - tem sido responsabilizado, justa ou injustamente, por tudo de ruim que há nesse mundo - convenientemente sempre se esquecem das coisas boas. Porque não seríamos os únicos responsáveis por todos esses des aí da lista de cima? As mulheres são as vítimas, todas elas, porque é preciso generalizar quando se trata de homens.

As mulheres tem crises de identidade, crises de meia-idade, crises de maternidade, crises de infecundidade, etc. Nós temos crises de... de virilidade. Ponto. Aquela piada que correu por aí dos botões do contrôle remoto tem algo de verdadeira, os homens podem ser mais toscos, mas são mais simples. Não se esqueçam das leis da evolução das espécies de Darwin, quanto mais complexos são os organismos...

Monday, January 30, 2006

A Imprensa e os Regimes

É uma injustiça afirmar-se que a imprensa não consegue conviver com alguns regimes. Qualquer convívio é possível dentro de certas regras. O que existe é uma incompatibilidade entre a liberdade da imprensa e certos sistemas políticos.

Sem querer recolocar o ovo de Colombo, todos sabem que a função da imprensa é dar transparência aos atos e fatos que ocorrem em qualquer regime, na administração de qualquer governo. E por que a imprensa seria um incômodo na divulgação desse tipo de notícia? Mesmo que parte da imprensa fosse facciosa e tendenciosa - o que de fato pode acontecer e acontece! -, a maioria tende a equilibrar as opiniões e contrabalançar esse tipo de influência perniciosa - vejam como é importante fugir dos monopólios!

A verdade é que qualquer governo que viole os ditames constitucionais do país, que cometa atos de corrupção, ou aja fora do ordenamento legal, terá na imprensa um inimigo constante. Por isso, quando um governo começa a preocupar-se demasiado com a imprensa, ou começa a propor normas para cercear a sua liberdade, é um sinal de que as coisas vão mal no país.

Friday, January 27, 2006

O triste fim dos barnabés

Extraio da coluna de Villas-Bõas Corrêa no no mínimo, "O triste fim do barnabé", de 25.01.2006, o que já venho dizendo há muito e escrevendo há pouco, evitando de advogar em causa própria - eu que sou funcionário público federal aposentado.

Villas-Bôas fala de um amigo, exemplar funcionário público, aposentado tal como eu, que depois de dois desgovernos - do sociólogo sociólogo Fernando Henrique Cardoso e o do torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva - que parecem ter adotado a mesma "política programada de extermínio dos barnabés".

Diz Villas-Bôas no seu texto, que nos últimos doze anos, os funcionários públicos receberam 9% de aumento para uma inflação oficial de 132%, o resultado foi óbvio, o total empobrecimento da categoria, empobrecimento que não é figura de retórica, é real e triste.

Os aumentos do executivo viraram motivo de chacota, culminando no ano passado, quando o presidente concedeu um aumento de 0,01% para o funcionalismo - que nem pagou pois é chacota pura mesmo.

Friday, January 20, 2006

Viva las mujeres! II

Parece que foi uma espécie de premonição, mas não foi, mera casualidade talvez, no último post eu falei sobre quatro mulheres e esta semana que passou foi grata em fatos relacionados a elas, tendo inclusive feito com que eu dedicasse o post do dia 16.01.2006 - mesma data do último post aqui - no Morango e Chocolate a elas. Reproduzo o post aqui:

Marcos Históricos

Começou com Sirimavo Bandaranaike em 1960, no Sri Lanka, que foi a primeira mulher a se tornar chefe de governo, depois seguiu-se Indira Gandhi, em 1966, que assumiu o poder na Índia; Golda Meir em 1969 atingiu o poder máximo em Israel. Em 1979 foi o Reino Unido, com a dama de ferro, Margaret Thatcher, e em 1981 as mulheres dominaram a Noruega, com Gro Harlem Brundtland. Em 1986 foi a vez da Ásia, com Corazón Aquino nas Filipinas e, finalmente, em 1990, chegou na América Latina, com Violeta Chamorro na Nicarágua.

Recentemente tivemos as vitórias da chanceler Angela Merkel na Alemanha, e de Ellen Johnson-Sirleaf, que se tornou a primeira mulher presidente de um país africano, ao vencer no final do ano passado as eleições na Libéria com 59 por cento dos votos. A presidente finlandesa Tarja Halonen tem práticamente assegurada a vitória para um segundo mandato no país.

Agora em 2006, Michelle Bachelet, uma pediatra socialista, ao vencer as eleições no Chile com 53,5 por cento dos votos nesse domingo, tornou-se a primeira mulher a ocupar a presidência do país e, também, a primeira mulher a ser eleita na américa do sul por sufrágio universal para o cargo de presidente de um país. Em 1974, a Argentina foi o primeiro país das Américas a ter uma mulher na Presidência, quando María Estela Martínez de Perón, mulher e vice-presidente de Juan Domingo Perón, assumiu no lugar do marido falecido naquele ano.

São mulheres que galgam os mais importantes cargos nos seus países, com a possibilidade de realizarem administrações que tenham a marca da mulher. São também importantes marcos históricos, símbolos da valorização da mulher no mundo todo. Parabéns mulheres! Beijos para todos - principalmente para elas!

Monday, January 16, 2006

E viva las mujeres!

Todo o dia bem cedinho, perto das sete horas, eu me encontro com elas, todas as quatro, sempre acompanhadas da Branquinha, uma cadela bonitinha. Com passos rápidos e decididos, sobem e descem as lombas, enquanto vão vencendo os caminhos com grande facilidade. Passam por mim e cumprimentam, sempre alegres e sorridentes.

Os seus nomes? Não sei. São quatro senhoras, todas com mais de cinqüenta, algumas com bem mais do que isso, que eu encontro quando saio para passear com o cachorro. Impressiona-me a disposição, a alegria, a determinação, a simpatia delas. Nós não paramos para conversar, conversamos só por alguns segundos enquanto cruzamos, elas caminhando num passo apressado, eu com o cachorro que pára e cheira tudo o que encontra no caminho.

O interessante é que agimos como se fossemos velhos amigos, velhos conhecidos. Pessoas maravilhosas, pessoas que tornam o mundo melhor, coisa boa ainda encontrar gente - com G maiúsculo! - assim.

Saturday, January 07, 2006

Otimismo...

Antigamente os financiamentos de longo prazo eram comuns na compra de imóveis. A queda do poder aquisitivo da classe média, obrigou a venda de televisão em 3 e automóvel em 5 anos. E este é o único jeito de vender.

A continuar nessa progressão, vai ter neto assumindo dívida contraída pelo avô - quando ainda era um jovem - na compra de um mp3 player!

Meu vizinho comprou um maravilhoso Fiat Uno em 60 meses. Há pouco confessou para mim "no muro": - "Meu, paguei a segunda. Agora só faltam 58!"

Thursday, January 05, 2006

Buenas Tardes!

El BlogueadorEl Blogueador:
- Muy buenas tardes a todos, sean bienvenidos a lo Blog del Blogueador, quiero primero dicir que estoy aca para hablar y para bloguear com usted y para usted. Es mi deseo que essa charla sea la oportunidade de hacer a nuevos amigos...

Mas heim? Quem lê até pensa que o cara é um mexicano da nata! Nada disso, mas devo confessar que nós aqui do sul temos uma certa identificação com os mexicanos. Por supuesto hay aspectos que nos unem, até mesmo essa nossa proximidade com os países fronteiriços que falam o espanhol.

Mas este não será um blog mexicano ou de nenhuma outra nacionalidade em especial; o objetivo é o que está descrito no primeiro parágrafo, usar o blog como um canal para fazer novos relacionamentos e trocar idéias com a comunidade blogueira - sempre implico, não gosto desse neologismo, dos blogs? melhor assim?

Este é apenas um post inaugural do "Blogueador", no próximo já começaremos a falar sobre outros assunto, isso, é bom dizer que não teremos nenhuma temática definida por aqui, como qualquer blog "normal", serão tratados assuntos do dia-a-dia, quaisquer assuntos de interesse no momento.

Não farei ainda um "about", vou deixar para os próximos posts. Um grande abraço e até a próxima.

Wednesday, January 04, 2006

O blogueador

Yo no creo em blogs, pero que los hay, los hay...
Eu pensei com os meus botões, eu sei que não estou precisando de um blog, logo vou criar um.
"O blogueador" está criado.
E ele disse: Que se faça um blog. E um blog se fez.
E ele viu que um blog era um instrumento dedicado a publicar os mais obscuros e escusos pensamentos na internet.