Thursday, May 18, 2006

Pra dizer que falei no pampa

Sendo um nativo aqui dos pagos, desses pampas gaudérios, escrevo pouco no linguajar gaudério dos tauras aqui do sul. É assim meu proceder, para não transparecer um orgulho demasiado, mas não vá pensar, que é um ser descuidado, ou que por isso, seja o estado mal amado. Não é não, meu irmão, este torrão iluminado, é por mim tão bem amado, como por qualquer outro filho desse chão.

Tuesday, May 02, 2006

Justiça

Nosso senso de justiça pode nos dizer que ela se faz no aqui e agora, pra já, no toma cá dá lá, com pagamento à vista e o seu troco no balcão, ou pode ser uma aposta na justiça a longo prazo, numa espécie de crediário, onde você vai acumulando créditos e débitos para depois acertas as contas no além. O grande problema desse segundo tipo de justiça é que ele requer fé, um acreditar num "depois" que ninguém sabe, ninguém viu.

Talvez, se todos tivessem a certeza da existência do segundo tipo, nem haveria a necessidade do primeiro. Quem iria deixar para acertar as contas depois, na eternidade? Essa incerteza da existência desse "depois" é que cria a necessidade dessa justiça - falha e lenta - aqui da terra. Pelo sim, pelo não, todos preferem buscar um acerto de contas no aqui e no agora.

Os adeptos da tese de que para tudo há uma defesa, argumentam que o próprio Cristo ensinou a máxima do perdão e da condescendência com a falha dos nossos irmãos: "Aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra", "Porque olhas o cisco no olho do teu irmão e não enxergas a trave no teu?"

Os que acham que o Estado tem o dever e a obrigação de administrar a justiça exigem a prestação jurisdicional por parte do estado, uma forma de fugir da lei de talião, do dente por dente e do olho por olho.